
Nasci numa porção de terra periférica.
Por alguma razão, que me ultrapassa,
descontinuidade e vertigem
toldam-me os ossos,
outrora assíduos em cálcio.
Nego a terra que me alimentou.
A terra que me alimentou nega-me.
Esta zona de improviso não merece o homem que cheira mal dos olhos.
4 comentários:
DEI COM ESTE BLOGUE POR PURO ACASO E CAPTEI LOGO DE IMEDIATO UMA IDENTIFICAÇÃO QUE GOSTAVA DE APROFUNDAR MAIS.ESTE PAÍS DE FACTO NÃO MERECE ALGUNS DE NÓS ( penso que foi esta a ideia expressa no poema ?
queira responder
obrigado
de facto sr presidente
o sentimento é esse, não que nós sejamos seres extraordinários, trata-se simplesmente de sobrevivência...e neste momento estamos no limiar da pobreza moral.
O nosso país tem um grave problema de mentalidade e de EDUCAÇÃO provocado pelos excessos do 25 de Abril, todos criticam e sabem disso, mas ninguém faz nada para mudar essa situação.
Temos um grave problema de identificação ! CG
No limiar da pobreza moral e no limiar da pobreza cultural económica e social.
Gosto dos seus poemas pela profundidade mística de um realismo que alguns pretendem que se mantenha obscuro e inacessível.
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