
Lembro o saque de constantinopla de cristãos sobre cristãos,
algures, nos vergonhosos séculos da penumbra católica,
Lembro tambêm, que o homem nunca irá perder os seus instintos mais básicos,
apesar da ditadura carnívora dos economistas
querer nivelar todo o humano num algorítmo.
Esqueço para aquilo que vim.
Esqueço todos os meus fundamentos.
Esqueço quem me sorriu quando eu dormia.
Desconfio do céu que me cobre e refugio-me nos vales profanos,
onde as bruxas não se maquilham.
O silêncio,
de e para,
é tudo o que o homem que cheira mal dos olhos busca.
1 comentário:
O Filho do Homem é Aquele que nasceu. No meio do cheiro fragrante do esterco e muita palha. Enrolado em panos, no bafo morno do burro e da vaca, na manjedoura do estábulo, onde o anjo espalhou as cinzas. Por isso "Ele está no meio de nós", ...onde cada prego e corrente em sangue, o espinheiro agreste cravado na cabeça do Rei, é a corrente renovada do saque de Constantinopla onde os homens mirram ao invés, no avesso da expiação... E sem a síntese que revela corpo e alma, o logos não centra a força porque é uma contradição que ignora a contradição... palavra inane e voz muda descentrada no deserto crescente, oposta ao Baptista. Esta é a forma da diferença inatingível, por maior que seja o esforço. KATH' OLON ALETHS é a marcha contínua que ninguém no meio de nós sabe conter... nem mesmo o som tortuoso da sílaba.
Miguel Vidal
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