segunda-feira, 17 de novembro de 2008

NOITES BRANCAS



As noites brancas, essas, ocupam-se, desbravando, sem voltar costas ao perigo. O frio intromete-se sempre, lembrando que a morte é sempre uma possibilidade, por sinal, uma evidência. O sentimento de culpa pesa, por se cobrar ao corpo e á mente, as preciosas horas de sono. Vale sempre o esforço, pois as revelações luminosas que se insinuam, são espantosas:



Ciprestes Ruínas Nuvens Cárcere Natureza Agreste Caverna



O homem que cheira mal dos olhos deve horas infinitas de noites reveladoras ao sono.

3 comentários:

Anónimo disse...

noites brancas. será que assim lhe chamaste por considera-las infinitas e reveladoras?
existe a expressão: passei a noite em claro, ou a noite em branco, mas estas creio que se devem ao facto de, não fechando os olhos, não se dar o mergulho na escuridão.
o teu texto soube-me ao oposto, soube-me a um mergulho na escuridão, ainda que infinita e reveladora. por isso pensei tanto nas palavras noites brancas...
isto às nove da manhã, quando forem três da tarde já não digo coisa com coisa...

Bandida disse...

pálpebras de papel branco. pegar na caneta e revolver a noite. apagá-la. possuí-la de dentro para fora como se o momento fosse único.

Frioleiras disse...

o branco sereno na luz do dia...
o branco da insónia ... na luz da noite........................

lindo, tudo isto...