
Difícil é ignorar.
Fingir que não se sente o seu arfar.
Hálito podre e vidas desperdiçadas.
Fácil é concordar.
Registar-se no clube dos cúmplices.
Projecto falhado em nome do conforto.
Um prêço altíssimo,
o que têm de pagar
para experiênciar
o cortejo da minha alma vendida.
No leilão-limbo dos queixumes,
zona perigosa dos que não viveram
e não deixaram viver,
ergo, majestosa, a minha indiferença.
Ainda não se juntou tamanha riqueza no mundo
que possa comprar o homem que cheira mal dos olhos .
1 comentário:
Será que "O homem que..." não faz parte do todo que é a humanidade? Tornar-se invisível parece apenas uma fuga, um movimento que nada tem de novo, de criador para a humanidade. Fugir do "rebanho" é deixar de ser cúmplice? E ele tem um preço, altissímo, mas tem preço. Qual será esse preço?
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