quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O HOMEM QUE CHEIRA MAL DOS OLHOS SAI SEMPRE DO REBANHO !


Os dias, muito mais as noites,

na sua devastadora sucessão,

obrigam-me a um esforço tremendo,

para não cair na mediocridade.


Desde que caminho nesta dimênsão,

preso a um corpo que pesa

e que tresanda a morte,

sinto uma crescente admiração

pela massa anónima que sustenta o mundo.


O exército invisível marcha, frio,

executando o trabalho que ninguém quer,

mergulhado em ultrage,

gente sem ego nem som surround,

enganados até à medula,

traídos nas suas ilusões adsl.


Já dei por mim perfilando na canalha.

Já saí do rebanho em pânico e voltei a entrar derrotado.


Não passo de um eterno repetente.

O homem que cheira mal dos olhos sai sempre do rebanho !